O arrastão


Praia de Itapuã, lotada ao meio-dia de um sábado num Janeiro escancarado. Democracia ao sol: todas as classes sociais numa morena mistura. É claro que turistas também - vermelhos e de roupas coloridas. Brsileiristicamente, o verão está sendo comemorado entre tons de pele, ginga de corpo, caipirinha, frutos do mar e um bom papão à moda baiana, quando mais de duzentas pessoas invadem a praia levando tudo que podem: é o Arrastão. Gritos. Correria. Pânico.

D.Esmeralda, a senhora do vatapá e do acarajé, nem tentou correr, pois para ela presenciar arrastões já era tão "natural", que quando não havia nenhum na praia até estranhava.

O arrastão que ocorreu na praia de Itapuã, foi um dos maiores já registrados nos últimos anos em todo Brasil.No final da tarde de sábado, passado o arrastão, a praia se tornou pequena para a quantidade de curiosos e repórteres que haviam na mesma. Muitas pessoas que estavam presentes no local , na hora do ocorrido, estavam dando suas entrevistas e seus depoimentos. D. Esmeralda ficava só a observar as pessoas dando seus depoimentos., como o casal Neto e Dora. Neto defendia as pessoas que haviam praticado esse ato escandaloso, enquanto Dora criticava os ladrões.

O jeito observador de D. Esmeralda chamou a atenção dos repórteres, que logo foram entrevistá-la. Depois da entrevista de D. Esmeralda, muitas pessoas passaram a ver o arrastão como algo "natural", pois já que no Brasil existem tantas desigualdades sociais, o natural é que esses arrastões aconteçam para amenizar essas desigualdades, mesmo que as vezes aqueles que possuem pouco também acabam sendo vítimas.

Finalmente 18!


Rapidamente tomei banho e me arrumei para tomar café-da-manhã com a minha família, já na intenção de ser parabenizada e de começar a aproveitar o meu dia. Para minha surpresa, ao chegar na cozinha, ninguém me parabenizou , aliás, mal falaram comigo. Fiquei um pouco triste, afinal, não é todo dia que se faz 18 anos e a sau família não lembra, não é? Mas mesmo assim deixei esse acontecimento de lado, e fui para a faculdade muito animada.

No caminho de casa para a faculdade, fiquei pensando: "Será que meus amigos vão lembrar do meu aniversário?Ahh...Acho que sim!". Ao chegar na faculdade, me deparei com os meus amigos que também não lembraram desse dia tão especial para mim; Finalmente chegava à maior idade, estava conquistando a minha independência, mas ninguém lembrava. Depois de todos terem esquecido de mim, fiquei tão mal, que achei melhor ir para casa, passar o resto do dia trancada.

Passei o resto do dia só. Chorando. Quando foi de noite, meu irmão foi no meu quarto e me chamou para ajudá-lo a fazer um trabalho da faculdade. Não estava fazendo nada mesmo, resolvi ajudá-lo. Quando saí do meu quarto, tive uma enorme surpresa: Toda a minha família e meus amigos estavam me esperando, para comemorar comigo os meus 18 anos!Depois veio outra surpresa; Ganhei um carro de presente do meu pai. Fiquei tão feliz que mal conseguia fala. Com certeza esse foi o melhor dia da minha vida.

Quem sou eu?







Quem sou eu?
Apenas mais uma pessoa no mundo?
Ou aquela que fará a diferença?

Sou aquela que sonha,
mas que não vive apenas de utopias.
Sou aquela que acredita,
mas que nunca deixa de correr atrás de seus objetivos.

Sou aquela que mesmo estando triste,
estou sempre sorrindo.
Aquela que pode ser a melhor pessoa do mundo,
ou até mesmo a pior.

Descrever-se é limitar-se.
Então por quê escrever,
se o melhor é viver?
 
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