AVATAR {BIOLOGIA}

 Relação homem com a natureza
No filme Avatar, no planeta de Pandora a relação entre os povos nativos com a sua natureza merece uma análise profunda. Os nativos possuíam uma forte ligação com a natureza, que apresentava uma grande variedade de ecossistemas. Sua ligação com a natureza se baseava desde a comunicação com seus antepassados até o empréstimo de energia que os nativos supostamente recebiam de Eywa, a deusa da terra. Além dessa relação de dependência mútua homem-natureza, os nativos tinham um grande respeito com os animais e as plantas, já que ambos tinham origem de uma mesma energia proveniente de Eywa; a ligação entre os nativos e a natureza é tão grande, que eles possuem uma espécie de “USB” nas pontas dos cabelos, que é ligada a uma árvore onde ocorre essa troca de energia.

 União x Separação de povos de acordo com os interesses de cada nação
Um grupo de cientistas do Brasil havia descoberto um mineral muito precioso, cujo quilo custava cerca 1bilhão de dólares. Com isso, os cientistas resolveram ir para Pandora para explorar esse tal mineral. Para ganhar a confiança dos nativos, os cientistas desenvolveram uma espécie de nativo artificial: Avatar, controlado por Jake, que começou a conviver com os nativos. No entanto, com o tempo Jake passou a se envolver e compreender aquela forte ligação dos habitantes de Pandora com a natureza, e acabou se desviando do seu principal objetivo. A partir desse envolvimento, Jake e seus amigos têm suas culturas reformuladas, onde ele, apesar de humano, passa a sentir ódio de sua própria raça, devido à ganância que brota de dentro do homem, e assim passa a defender a sua “nova espécie”.
Portanto, vemos que o filme, não foi criado com a simples função de entretenimento, mas sim, para fazer uma crítica à sociedade humana, que tem uma mente desequilibrada sem harmonia para com a natureza. Isso ficou evidente quando o novato, no seu avatar, passa a primeira noite na “selva”. Sempre numa concepção de “um ambiente hostil” (com uma mentalidade urbana). E é quase que intuitivo querer apontar a arma para todos os animais; bater e querer cortar e arrancar as flores; além do som dos animais que preenchem a floresta lhe soam como uma sinfonia de suspense e terror.

 Relação homem e fé
O filme se recheia de paganismo. Tem a divindade mãe natureza que dispensa comentários. Tem a Eywa. Tem a da Nova Era (além de belíssimas musicas estilo new age) que a “energia interior da vida” é o que nos liga a todos, as plantas, arvores animais, ou seja, por fim, fazemos parte da divindade desse planeta. Além disso, a ‘imortalidade da alma’ (você não morre, mas se transforma, sua ‘energia’ passa a fazer parte da Eywa, da natureza, da vida); há toda uma questão de ficção tecnológica na conexão entre as mentes do homem e do seu avatar, porém, isso não lembra idéias espíritas de experiências transcendentes, de sair do próprio corpo, além de, encarnação? Em certo momento, há até um ritual, uma cerimônia, um culto com canções, com orações que lembram peregrinações, experiências de transe, rituais tribais, para que a ‘deusa’ faça alguns milagres. Além de, mostrar o homem como um frio incrédulo.

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;D

 
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